Avaliação ultrassonográfica do recesso axilar anterior no ombro normal
DOI:
https://doi.org/10.29327/218041.32.37-2Palavras-chave:
recesso axilar anterior, ultrassonografia, ombroResumo
OBJETIVOS: Os objetivos do estudo foram demonstrar a utilidade da ultrassonografia para estimar a espessura do recesso axilar anterior no ombro (RAA), determinar se a espessura do recesso axilar anterior se altera com a posição do braço do paciente de acordo com o grau de abdução do braço, gênero e lateralidade; comparar a espessura do recesso axilar anterior obtida com o valor normal relatado na literatura científica atual. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, longitudinal, prospectivo, realizado com 32 voluntários normais com idade entre 18 e 60 anos, excluindo pessoas com histórico de patologia inflamatória e traumática do manguito rotador, doenças reumáticas, diabetes e hipotireoidismo. Foi elaborado um protocolo de avaliação ultrassonográfica considerando as variáveis posição do paciente, posição do braço em abdução de 90º, 60º e 45º, lateralidade e gênero. A análise estatística descritiva das variáveis quantitativas foi realizada calculando-se a média, desvio padrão, erro da média e intervalos de confiança; a variação da espessura do RAA (E – RAA) de acordo com a posição, lateralidade e gênero foi analisada com ANOVA de um fator. A espessura do RAA obtida por ultrassonografia e ressonância magnética foi comparada com o valor normal utilizando o teste t-student para uma amostra única, após determinação da normalidade com o teste de Shapiro-Wilk. Considerou-se uma probabilidade de erro inferior a 5% (p<0,05). RESULTADOS: Dos 32 voluntários normais, 20 (62,5%) eram mulheres e 12 (38,5%) homens, totalizando 64 casos. A espessura do recesso axilar anterior, sem discriminar a posição do paciente ou o grau de abdução, foi =2,07 mm, (DP ± 0,34 mm), IC de 95% [2,03 – 2,11 mm]. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na espessura do recesso axilar anterior em relação à posição do paciente, à abdução do braço (p=0,055) ou lateralidade (p=0,085). De acordo com o gênero, o RAA é mais espesso em homens, = 2,38mm, IC 95% [2,16 – 2,58 mm], e a diferença foi significativa (p=0,00). Ao comparar a espessura do recesso axilar anterior obtida com o valor normal relatado na literatura científica atual, foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa (p=0,00). CONCLUSÕES: A ultrassonografia permite a avaliação do recesso axilar anterior do ombro, cuja espessura não se altera com a posição do paciente nem com o grau de abdução do braço, mas é mais espessa em homens do que em mulheres, e a espessura média obtida difere do valor de referência normal.
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