Cisto alantoide associado à uropatia obstrutiva
relato de caso com regressão espontânea pré-natal
DOI:
https://doi.org/10.29327/218041.32.37-6Palavras-chave:
cistos, cordão umbilical, diagnóstico pré-natal, ultrassonografia, remissão espontâneaResumo
INTRODUÇÃO: O cisto alantoide é uma dilatação que ocorre devido à regressão e fechamento inadequado do úraco. Nosso objetivo foi descrever os achados pré-natais de um feto apresentando cisto alantoide e evidências de uropatia obstrutiva que evolui com regressão espontânea ainda no segundo trimestre. RELATO DO CASO: A paciente era uma gestante de 17 anos cujo ultrassom obstétrico com 16 semanas revelou um cisto de cordão umbilical, medindo 2,3cm de diâmetro, que se comunicava a uma bexiga fetal dilatada. Havia visualização do “sinal da fechadura”, indicando uma possível obstrução uretral. Um mês depois verificou-se também dilatação de ambas pelves renais. Com 24 semanas, o cisto não foi mais visto e a bexiga apresentava dimensões normais, algo que com 35 semanas acabou também acontecendo com as pelves renais. A criança nasceu assintomática, sem persistência do úraco. DISCUSSÃO: Existe a hipótese de que os cistos alantoides possam se formar devido a um aumento da pressão no trato urinário causada por uma obstrução, tal como aparentemente se observou em nosso caso. Chamou atenção que ambos apresentaram uma involução espontânea e precoce quando comparada às descrições da literatura, talvez devido à ruptura do cisto, ou resolução da causa da obstrução. CONCLUSÃO: O diagnóstico e a descrição da evolução de cistos alantoides durante a gravidez são raros. Eles tendem a apresentar involução espontânea, mas não de forma tão precoce quanto no nosso caso, que talvez ocorreu devido à sua ruptura ou resolução natural da obstrução urinária fetal.
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