A nova biologia óssea
rastreamento precoce do processo de formação e deterioração do tecido ósseo. artigo de revisão e atualização
Palavras-chave:
nova biologia óssea, qualidade óssea, osteoporose, osteossonografia, osteossonometria, rastreamento da osteoporoseResumo
As pesquisas a nível molecular sobre a fisiopatologia da osteoporose a partir de 1991 abriram novos campos de investigação. O antigo conceito que atribuía a doença à redução da massa óssea e elevação do risco de fratura sofreu importante mudança. O conhecimento científico atual obriga o rastreamento simultâneo das duas matrizes ósseas (proteica e inorgânica) desde tenra idade. Em 1998, novo paradigma foi acordado por todas as sociedades médicas, recebendo o referendum dos “guidelines” da National Osteoporosis Foundation (NOF), 1999; United States Preventive Service Task Force (US PTF), 2002 e NOF, 2004; World Menopause Congress, 2008. Em nosso meio, o novo paradigma motivou a criação do grupo ClimatérioNutrição com publicações com abordagem preventiva. A base genética da osteoporose que perfaz 15% dos casos é de difícil entendimento, pelo fato da massa óssea representar um traço quantitativo regulado por vários genes que atuam primordialmente na síntese da matriz mesenquimal proteica e no “turnover” ósseo. De outra parte, é inegável a influência de vários fatores ambientais, que impedem em 85% o adequado desenvolvimento ósseo e entre muitos se destacam: as disfunções hormonais, hábitos, costumes, alimentação, atividade física, uso de medicações, aditivos, suplementos e etc. As abordagens preventivas quando transferidas desde os bancos escolares reduz o custeio dos desdobramentos da osteoporose decorrente da atual conduta passiva. A análise da topologia óssea utilizando seis instrumentos de medidas, incluindo as curvas normativas específicas para a qualidade e quantidade óssea favorece a interação multidisciplinar, colabora com a política de saúde de nossa região, minimiza custos e realiza efetivos controles, desde tenra idade.