ABORDAGEM COM BLOQUEIOS ECOGUIADOS DO PIRIFORME PARA ALÍVIO DE DOR E CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA DOR GLÚTEA PROFUNDA
Resumo
OBJETIVO: Objetivou-se neste estudo, demostrar a eficácia clínica na melhora imediata da dor após o procedimento de punção guiada por ultrassonografia, seguida de infiltração e administração de lidocaína e betametasona no ventre muscular do piriforme. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo retrospectivo e comparativo utilizou um equipamento de ultrassonografia para as punções juntamente com um diapasão e um power Doppler. Foi realizado a análise dos dados dos últimos 500 casos de procedimentos ecoguiados em uma clínica de referência na cidade de Goiânia-GO. E destes foram selecionados os casos cujos laudos de exames ultrassonográficos contivessem dados relativos à dor glútea profunda (síndrome do piriforme). Analisou-se as seguintes informações: idade, sexo, lateralidade e confirmação da melhora dor pela escala visual analógica (EVA). Em todos os pacientes foi realizado bloqueio do piriforme com punção guiada por ultrassonografia, seguida de infiltração e administração de lidocaina a 2% sem vasoconstrictor 6ml e dipropionato de betametasona (5mg/mL) + fosfato dissódico de betametasona (2mg/mL). RESULTADOS: Dos 500 procedimentos, 53 eram relativos à dor glútea profunda (síndrome do piriforme). A média de idade dos pacientes foi de 58 anos, tendo sido o paciente mais jovem com 21 anos e o mais velho com 84 anos. Quanto ao sexo, foram 11 pacientes do sexo masculino, o que corresponde a 21% dos casos e 42 do sexo feminino, o que corresponde a 79% dos casos. Quanto a lateralidade, o lado esquerdo foi o que apareceu com mais frequência, com 70%, o que equivale a 37 pacientes. O lado direito acometeu somente 14 pacientes, correspondendo a 26% dos casos. Além disso, em dois pacientes o acometimento foi bilateral o que equivale a 4% dos casos. CONCLUSÃO: O bloqueio ecoguiado no ventre muscular do piriforme mostrou-se eficaz para confirmação diagnóstica e tratamento do alívio da dor na sindrome da dor glútea profunda, com 100% dos casos mostrando alívio de dor entre 0 e 3 na EVA de 0 a 10. Sendo o sexo feminino o mais frequente, com a média de idade de 58 anos e prevalência de 70% no lado esquerdo.