Achados mais comuns na ultrassonografia prostática
Palavras-chave:
próstata, ultrassonografia, transrretal, idade, infertilidadeResumo
OBJETIVO: Avaliar achados em exames ultrassonográficos de próstata. MÉTODOS: Análise de 737 laudos de exames de ultrassom transrretal contidos no banco de dados de uma clínica particular, em Goiânia-GO. RESULTADOS: 31,88% dos pacientes apresentavam próstata, vesículas seminais e bexiga normais, sendo a média de idade desses pacientes igual a 56,58 anos. Próstatas apresentando volume discretamente ou visivelmente aumentado, sem nenhum outro tipo de intercorrência, constituíram achado em 23,47% dos laudos de homens com idade média de 59,18 anos. Próstatas de volume aumentado com calcificação central representaram 8,81% dos achados numa média de idade de 57,16 anos. Presença de nódulos e evidências que sugerem adenoma prostático foi verificada em 7,3% dos exames, sendo que a média de idade para esse percentual é de 69,10 anos. 1,89% dos pacientes, com média de idade de 59,22 anos, apresentaram hipertrofia prostática benigna. CONCLUSÃO: A relação entre idade e achados ultrassonográficos que indicam risco de câncer de próstata, mostrou-se evidente e diretamente proporcional, comprovando o que a literatura descreve. Apesar disso, a idade não constituiu fator exclusivo na determinação desse risco, uma vez que pacientes com menos de 50 anos apresentaram achados dignos de atenção clínica. Fica clara a necessidade de investigar a multifatoriedade que rege a etiopatogênese das alterações prostáticas, permitindo assim que, associada ao diagnóstico precoce, possibilitado pela ultrassonografia transrretal de próstata, possamos evoluir ainda mais na aplicação terapêutica, evitando que o paciente sofra intercorrências, como infertilidade, disfunção miccional e doença metastática.
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