ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ÚLTIMOS 100 CASOS DE BLOQUEIO ECOGUIADO LOMBAR PARA FACETAS E RAMOS MEDIAIS EM UMA CLÍNICA DE REFERÊNCIA NA CIDADE DE GOIÂNIA-GO
Palavras-chave:
BLOQUEIOS ECOGUIADOS, ESPONDILOARTROSE INTERFACETÁRIA, LOMBALGIAResumo
OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo demostrar os resultados do bloqueio ecoguiado dos ramos mediais e facetas lombares no tratamento para o alívio da dor. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo e comparativo foi realizado análise dos dados dos últimos 100 casos de bloqueio lombar para facetas e ramos mediais em uma clínica de referência na cidade de Goiânia-GO. Analisou-se também as seguintes informações: idade, sexo, lateralidade, níveis de acometimento e confirmação da melhora dor pela escala visual analógica (EVA). Em todos os pacientes foi realizado punção ecoguiada para bloqueio e foi administrado de acordo com cada caso as seguintes medicações: lidocaina a 2% sem vasoconstrictor + dipropionato de betametasona (5 mg/mL) + fosfato dissódico de betametasona (2 mg/mL) nos ramos mediais cefálicos e caudal de cada nível; hialuronato de sódio 10mg/ml, sendo 0,5ml em cada faceta comprometida. RESULTADOS: A ultrassonografia e outros exames de imagem desses pacientes continham dados de comprometimento de facetas articulares em 1, 2 ou 3 níveis. A média de idade dos pacientes foi de 61 anos, tendo sido o paciente mais jovem com 32 anos e o mais velho com 93 anos. Quanto ao sexo, foram 40% pacientes do sexo masculino e 60% do sexo feminino. Quanto a lateralidade, 72 pacientes foram acometidos bilateralmente, o que equivale a 72%. Quanto aos níveis de acometimento que foram bloqueados, houve a seguinte disposição de casos: 13% dos casos foram de bloqueios em apenas um nível, 67% dos casos acometendo dois níveis e 20% dos casos acometendo três níveis, tendo como prevalência de ocorrência o nível de L4- L5. CONCLUSÃO: O bloqueio ecoguiado dos ramos mediais e facetas articulares lombares em níveis específicos de acordo com cada indicação, mostrou-se eficaz no tratamento para o alívio da dor na espondiloartopatia degenerativa interfacetária. Dois níveis articulares foram a maior frequência de procedimentos, sendo que o nível L4-L5 foi o mais prevalente. E o alívio de dor foi classificado entre 0 e 3 na EVA pós procedimento.