Ultrassonografia mamária automatizada
revisão da literatura
Palavras-chave:
ultrassonografia mamária automatizada, câncer, neoplasias da mama, densidade da mamaResumo
OBJETIVO: Descrever a ultrassonografia mamária automatizada e discutir sua aplicabilidade no contexto brasileiro. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura publicada nos últimos 5 anos com as seguintes palavras-chaves ultrasonography, mammary; breast ultrasonography e automated breast ultrasound. Dos 33 artigos recuperados, 16 foram selecionados para a revisão. RESULTADOS: O desempenho da ABUS pode ser considerado modesto de acordo com a literatura lida. A sensibilidade da ABUS sozinha variou de 67,3% a 78% no plano coronal, e quando se considerou ambos os planos, a sensibilidade variou de 67,6% a 82%. Já a especificidade variou de 53,9% a 91,6% quando utilizada sozinha, e na associação com a tomossíntese e ou mamografia atingiu 100%. Na avaliação da especificidade, quando avaliada junto com a tomossíntese o valor foi de 25%, e com a mamografia foi de 98%. CONCLUSÃO: A ABUS foi pensada para ser operador independente, porém não há ainda dados suficientes que comprovem a superioridade dela no rastreamento do câncer de mama para incorpora-la na prática clínica brasileira. Vale ressaltar que a presença de artefatos e pseudolesões pode ser resolvida pela modificação dos parâmetros ultrassonográficos, incluindo a zona focal, tempo e profundidade de compensação do ganho, e a pressão da compressão no transdutor ou ângulo de insonação resultando em imagens de alta qualidade na ultrassonografia convencional. Com a aquisição automática, entretanto, uma exploração imediata de uma lesão questionável é impossível devido as configurações da máquina serem pré-fixadas.