O papel do ultrassom no diagnóstico do tumor de pâncreas
Palavras-chave:
Câncer de pâncreas, sensibilidade, especificidade, ultrassonografiaResumo
OBJETIVOS: Identificar a sensibilidade e especificidade da ultrassonografia pancreática na detecção do câncer de pâncreas e descrever os achados típicos do adenocarcinoma pancreático. MÉTODOS: Foram pesquisadas as bases de dados virtuais PubMed e SciElo com as seguintes palavras-chaves: ultrassom, câncer de pâncreas, sensibilidade e especificidade. Os tipos de estudos selecionados para avaliação foram estudos comparativos, revisões e revisões sistemáticas, meta-análises, estudos multicêntricos e diretrizes. RESULTADOS: A ultrassonografia transabdominal tem sensibilidade variável de 60 a 70% e especificidade em torno de 50% para detectar câncer de pâncreas. Já a ultrassonografia endoscópica tem sensibilidade maior podendo chegar a 93% para tumores menores de 3 cm. A especificidade da ultrassonografia endoscópica pode chegar a 100% com VPP de 100% e VPN de 72%. O adenocarcinoma pancreático apresenta-se ao ultrassom como uma massa sólida, hipoecoica, pobremente definida e hipovascular. O Doppler pode permitir a identificação da relação com o tronco celíaco, artéria mesentérica superior, veia porta e veia mesentérica superior na presença do sinal do duplo ducto. CONCLUSÕES: A observância da técnica correta de abordagem ultrassonográfica do órgão, bem como o conhecimento anatômico do Pâncreas e da observação cuidadosa dos sinais diretos e indiretos do câncer pancreático podem ajudar no diagnóstico precoce da doença e, talvez, favorecer uma maior sobrevida aos pacientes.