Diagnóstico pré-natal de gastrosquise e os resultados obstétricos e perinatais
Palabras clave:
gastrosquise, ultrassonografia, diagnóstico pré-natal, prognóstico neonatal, malformações fetais, prematuridadeResumen
OBJETIVO: Descrever as características e os resultados pós-operatórios dos casos de gastrosquise atendidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 17 prontuários de neonatos portadores de gastrosquise, avaliados e operados pelo Serviço de Cirurgia Pediátrica entre janeiro de 2004 e dezembro de 2008. Analisou-se a associação do diagnóstico pré-natal de gastrosquise e paridade, idade gestacional, peso ao nascer, sexo do recém-nascido, hospital de nascimento e intervalo parto cirurgia. A análise estatística foi realizada por meio dos testes T de Student e Exato de Fisher. RESULTADOS: A idade materna média foi de 20,4 ± 3,55 anos. Dos 17 prontuários analisados, dez pacientes possuíam diagnóstico pré-natal de gastrosquise e nove eram primigestas. O intervalo parto cirurgia foi maior que 4 horas em nove RN sendo o mínimo 1 hora e o máximo 120 horas. Não se evidenciou preponderância de sexo entre os neonatos. O Apgar no primeiro e quinto minuto, a idade gestacional e o peso ao nascer foi maior naqueles sem diagnóstico pré-natal. Oito dos 17 pacientes foram a óbito, sendo sepse a causa mais comum. Todos os RN com diagnóstico pré-natal tiveram o parto assistido em serviço terciário e na maioria optou-se por cesárea. Dos quatro recém-nascidos que não possuíam diagnóstico pré-natal, três faleceram. CONCLUSÃO: O diagnóstico pré-natal de gastrosquise favorece o atendimento e o acompanhamento pré-natal adequados em hospital terciário. Isso possibilita uma abordagem cirúrgica mais rápida e resulta em melhora dos índices de mortalidade.