Laserterapia pós fetoscopia em gemelares
um relato de caso
Palabras clave:
laserterapia, fetoscopia, gemelaridadeResumen
OBJETIVOS: As gestações gemelares monocoriônicas estão associadas a um aumento da morbimortalidade. Uma das principais causas do aumento nessas taxas é a síndrome de transfusão fetofetal, compartilhamento desigual do fluxo sanguíneo entre os fetos através de anastomose vasculares presentes na placenta única. A mortalidade da síndrome chega a 90% quando não há o tratamento adequado. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de laserterapia pós fetoscopia em gemelares em uma gestação de alto risco DESCRIÇÃO DO CASO: L.E.L.C, 30 anos, G2P2, fez fetoscopia com laserterapia em gestação de gemelares monocorionicos e diamnióticos com 19 semanas, diagnosticados com Síndrome de Tranferência Feto-Fetal. Em USG realizada no dia 04/10/2018, com idade gestacional ultrassonográfica de 16 semanas e 5 dias, o Feto I tinha diametro da bexiga de 0,69 cm, enquanto o Feto II tinha 0,98 cm de diâmetro, sendo, nessa mesma ultrassonografia, observado um aumento leve do líquido amniótico do feto II e diminuição leve do líquido amniótico do feto I. Dia 20/10/2018 foi realizado o procedimento da laserterapia com fetoscopia, sendo totalmente bem sucedidos e permitindo o normal desenvolvimento dos dois fetos até o final da gestação. DIAGNÓSTICO E DISCUSSÃO: O diagnóstico da síndrome é mais comum no segundo trimestre da gestação e requer o preenchimento ultrassonográficos: a identificação de gestação monocorionica/diamniótica juntamente à presença de maior bolsão vertical (MBV) de líquido amniótico menor ou igual a 2,0 cm de um lado e de MBV maior ou igual a 8,0 cm no outro. Na abordagem terapêutica da síndrome, a Fetoscopia para Coagulação a Laser é atualmente considerada o tratamento de primeira linha para essa síndrome entre 16 e 26 semanas. O objetivo maior do tratamento é promover o fechamento das conexões causadoras da síndrome fetofetal e ao mesmo tempo manter o máximo de território funcional placentário preservado. CONSIDERAÇÕES: A gestação gemelar monocoriônica é de alto risco e seu manejo demanda atenção constante. Intervenções intra-útero demandam experiência e alto grau de atenção e são bastante resolutivas.