DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO TRAUMA ESPLÊNICO
REVISÃO NARRATIVA
Palavras-chave:
TRAUMA ESPLÊNICO, DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, ULTRASSONOGRAFIA, BAÇOResumo
INTRODUÇÃO: O baço tem um importante papel no funcionamento do sistema imunológico humano, removendo células vermelhas antigas e armazenando sangue. Entretanto, tal função pode ser comprometida caso ocorra um trauma esplênico, o mais comum dos traumas abdominais, que pode ser classificado em perfurante ou contuso. O trauma esplênico contuso pode ser causado, por acidentes relacionados a esportes. Já o trauma esplênico penetrante é causado, por exemplo, por armas de fogo. Há o padrão ouro de diagnóstico, a tomografia computadorizada, que abre margem para o uso do método de Tratamento Não Operatório. Contudo, a ultrassonografia contribui na avaliação desses pacientes, seja na sala de emergência, em beira de leito, ou de maneira eletiva no diagnóstico e acompanhamento clínico. OBJETIVO: Revisar, identificar e descrever as características imaginológicas dos traumas esplênicos. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão narrativa com ênfase na coletânea de imagens. As bases de dados foram MEDLINE via PubMed, LILACS via BIREME, Scielo e Google acadêmico. Os descritores em saúde (MeSH term) em inglês são “splenic rupture”, “spleen”, “wounds and injuries” e “diagnostic imaging”. Foram incluídos estudos (ensaios clínicos, ensaios pictóricos, revisões de literatura, relatos de casos, entre outros), que abordassem o tema, que tivessem imagens de métodos diagnósticos, que estivessem de acordo com o objetivo da pesquisa e que estivessem disponíveis online em texto completo, publicados nos últimos 10 anos em inglês, espanhol e português. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O trauma esplênico apresenta principalmente laceração do baço, vista como uma linha hipodensa na tomografia computadorizada, podendo ser irregular ou não. Tal condição é acompanhada por hematoma esplênico e hemiperitônio, assim como líquido adjacente ao fígado e nas goteiras paracólicas. Pode ser observado hematoma subescapular e parenquimatoso, bem como a presença de líquido hipoecogênico, na ultrassonografia, no espaço subescapular ou periesplênico. Ademais, a tomografia computadorizada com contraste tem melhor desempenho no diagnóstico desses casos. CONCLUSÃO: O diagnóstico por imagem do trauma esplênico deve ser feito preferencialmente com o uso da tomografia computadorizada, sendo que a avaliação focalizada inicial com ultrassonografia no point of care para trauma e posterior ultrassonografia diagnóstica e para acompanhamento podem ser utilizadas.