MALFORMAÇÃO CONGÊNITA DAS VIAS AÉREAS PULMONARES
CARACTERÍSTICAS, DESFECHO NEONATAL E PROPOSTA DE PROTOCOLO DE SEGUIMENTO NA MEDICINA FETAL DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL PRESIDENTE VARGAS
Palavras-chave:
MALFORMAÇÃO CONGÊNITA DA VIA AÉREA PULMONAR, CVR, HIDROPSIA FETAL NÃO IMUNE, LOBECTOMIAResumo
OBJETIVO: Avaliar as características e desfechos das gestações acometidas por malformação congênita da via aérea pulmonar (MCVAP) na Medicina Fetal do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HIMPV), em Porto Alegre – RS. MÉTODOS: Estudo documental, descritivo, de coorte retrospectivo. Foram avaliadas todas gestações com diagnóstico de MCVAP no período de 2013 a 2019. Foi realizada análise de prontuários. A amostra final foi constituída de nove pacientes. RESULTADOS: Todas gestações foram até o termo, os bebês nasceram com peso adequado, com Apgar acima de 8 no 1º e 5º minuto. Observouse uma incidência maior de lesões acometendo o lobo inferior esquerdo e o sexo masculino. Alguns casos evoluíram com desvio do mediastino, porém nenhum evoluiu para hidropsia fetal não imune. Corticoterapia foi realizada em todas gestantes a partir de 2015. Nos casos em que foi possível avaliar a CVR (congenital cystic volume ratio) observou-se uma tendência a diminuição no terceiro trimestre. Nenhuma paciente cursou com CVR >1,6. Houve um caso de regressão espontânea da MCVAP. Todos os casos que foram confirmados no pós natal foram para cirurgia (lobectomia) entre 3-6 meses de vida. CONCLUSÕES: A MCVAP é uma malformação rara, com evolução e prognósticos variáveis. A terapia fetal está indicada nos casos graves complicados por hidropsia ou com alto risco de desenvolver esta condição. Diante desse amplo espectro de possibilidades um protocolo assistencial no serviço auxilia na padronização do seguimento e manejo dessa patologia.