HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA ESPONTÂNEA COM GESTAÇÃO TÓPICA
RELATO DE CASO
Palavras-chave:
SÍNDROME DA HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA, GRAVIDEZ ESPONTÂNEA, ULTRASSONOGRAFIA, DIAGNÓSTICO, RELATO DE CASOResumo
INTRODUÇÃO: A síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO) é uma complicação grave e potencialmente fatal, sendo encontrada mais facilmente em pacientes submetidas a ciclos de hiperestimulação ovariana controlada. Sua incidência varia entre 3% e 6%, enquanto sua forma grave varia de 0,1% a 3% de todos os ciclos. Sua ocorrência em pacientes que não fizeram administração de gonadotrofina coriônica humana (hCG), por sua vez, é extremamente rara e tipicamente associa-se à gestação múltipla, hipotireoidismo, síndrome dos ovários micropolicísticos, mola hidatiforme e adenomas pituitários. RELATO DE CASO: No caso relatado, paciente de 26 anos com histórico de síndrome de ovários policísticos e ausência de histórico de indução ovulatória, apresenta-se com dor em fossa ilíaca direita e posterior imagem ultrassonográfica indica síndrome de hiperestimulação ovariana. Após 2 meses a mesma é diagnosticada com gravidez única e espontânea compatível com 5 semanas e 3 dias. A cronologia da ocorrência da SHO no caso em questão chama atenção, visto que a condição quando espontânea geralmente ocorre entre a 8a e a 14a semanas de amenorreia, pela ação da atuação da hCG. DISCUSSÃO: É preciso ressaltar a importância do diagnóstico precoce através de ultrassonografia em casos espontâneos, afinal, estes não podem ser previstos. O tratamento da síndrome, por sua vez, é em geral conservador e consiste em repouso, hidratação e manejo da dor, assim como foi proposto para a paciente do caso. O reconhecimento por parte do profissional de saúde é imprescindível na tentativa da redução de morbidade.