Prevalência de alterações mamárias em ultrassonografias de mama de rotina
Palavras-chave:
ultrassonografia mamária, doenças mamáriasResumo
Os distúrbios mamários são muito frequentes na população feminina, podendo ser divididos em benignos e malignos. Para sua avaliação, a ultrassonografia (USG) proporciona informações importantes em achados de mamas, fornecendo dados adicionais aos outros métodos diagnósticos. Dentro disso, a classificação Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) universaliza o diagnóstico e auxilia na padronização de um exame que é operador dependente. OBJETIVOS: Quantificar a prevalência de achados normais em USG de mama, estabelecer os achados patológicos mais frequentes em USG de mama e estabelecer a frequência de achados conforme BIRADS. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal descritivo retrospectivo, realizado com 209 laudos de ultrassonografia de mama do Centro de Medicina Fetal e Reprodução Humana de Goiânia – Fértile Diagnósticos, efetuados nos anos de 2016 e 2017. RESULTADOS: Considerando toda a amostra, foram analisados 209 laudos de USG mamário, desses 143 tiveram resultado sem alterações (68,42%), sendo 80% dos laudos classificados em BI-RADS 1 (ausência de achados anormais). O segundo BI-RADS mais encontrado foi o classificado como 2, no qual se encontra achados benignos, em 22 ultrassonografias (10,5%). Já 31,58% dos laudos apresentaram alterações ultrassonográficas, tendo como principal anormalidade observada às alterações funcionais benignas, presentes em 56% deles. Em seguida, os nódulos císticos ocuparam a posição de segunda anormalidade mais frequente (36,6%). Foram analisados, também, 16 laudos de nódulos sólidos (24,4%). CONCLUSÃO: Dessa forma, a prevalência de USG normais foi de 68%, enquanto que dentre os laudos alterados, as alterações funcionais benignas foram as mais frequentes seguidas de nódulos sólidos. Com relação ao BI-RADS, os tipos 1 e 2 foram os mais encontrados o que vai de acordo com dados da literatura brasileira.