Abordagem ecográfica na síndrome do túnel carpal
Palavras-chave:
ultrassonografia, síndrome do túnel do carpoResumo
OBJETIVO: Propor uma padronização para a abordagem ecográfica na síndrome do túnel do carpo (STC). MATERIAL E MÉTODO: Foram examinadas 42 pacientes do sexo feminino, 21 assintomáticos e 21 com sintomas bilaterais compatíveis com STC. Realizou-se avaliação ultrassonográfica dos punhos , obtendo-se a distância transversal proximal (DTP), a distância transversal distal (DTD), a distância ântero-posterior proximal (DAP), a área de secção transversal do nervo mediano na entrada do túnel carpal (AST), e a espessura do retináculo dos flexores (ERF). O estudo dinâmico permitiu avaliar a presença de compressão do nervo mediano (relação nervo-retinacular) e de hipervisibilidade dos tendões flexores. Os dados foram analisados através da comparação dos grupos, fixando-se em 95% de confiança o nível de significância. RESULTADOS: O grupo sintomático apresentou valores de DAP, AST e ERF significativamente maiores que o grupo assintomático em ambas as mãos (p < 0,001), assim como maior freqüência de compressão neural e hipervisibilidade tendínea (p < 0,001 e p = 0,001 para mão direita, p = 0,001 e p < 0,001 para a mão esquerda, respectivamente). As distâncias transversais (DTD e DTP) não diferiram significativamente entre os grupos. CONCLUSÕES: A AST mostrou ser o principal dado a ser pesquisado no protocolo básico proposto. A DAP, ERF e a avaliação dinâmica transversal e longitudinal podem ser adicionadas ao protocolo. A DTP e DTD podem ser utilizadas para estudo pré e pós-cirúrgico.
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